Os filisteus, pois, tomaram a arca de Deus e a trouxeram de Ebenézer a Asdode.
Tomaram os filisteus a arca de Deus, e a colocaram na casa de Dagom, e a puseram junto a Dagom.
Livro de 1º Samuel, capítulo 5, versículos 1 e 2.
Neste trecho das Sagradas Escrituras, encontramos a descrição de uma guerra entre os antigos israelitas e seus arqui-inimigos, os filisteus.
Trata-se de um episódio fatídico, pois o exército de Israel foi derrotado em batalha, e a Arca da Aliança, símbolo que representava a presença do Deus Único desde a época do profeta Moisés, foi tomada pelo exército filisteu e levada para terras distantes.
Ao levarem a Arca da Aliança para a Filístia, um detalhe revelador da fé desse povo foi manifestado.
Os inimigos dos hebreus tentaram manipular as forças espirituais a seu favor, usurpando a Arca de Israel.
Os filisteus levaram a Arca da Aliança para a cidade de Asdode e a depositaram no templo de uma falsa divindade.
Perceba que os inimigos de Israel trataram a Arca da Aliança como uma espécie de amuleto.
A escultura da falsa divindade amanhecia caída no chão; o texto bíblico também relata que, em determinado momento, a estátua estava sem uma parte do corpo.
O Deus de Israel mostrou que não pode ser manipulado — Ele não se submete ao ego humano.
O texto bíblico apresenta cinco capitais que pertenciam ao reino filisteu: Asdode, Gaza, Ascalom, Gate e Ecrom.
Cada uma dessas cidades possuía um príncipe para governá-la. Em todas as cidades da Filístia para onde a Arca foi levada, surgiram doenças inexplicáveis.
O mundo espiritual voltou-se contra os filisteus, demonstrando que o ser humano deve olhar para a transcendência com humildade.
>> Segunda parte deste estudo bíblico.
Perceba que tentar manipular o mundo espiritual para que nossos caprichos pessoais sejam sempre realizados é uma maneira pagã de pensar.
A tentativa de manipular o mundo espiritual a bel-prazer é, na verdade, uma característica das religiões de magia. Feitiços são realizados com o propósito de satisfazer os caprichos humanos.
Esse é um alerta para os cristãos modernos, pois muitos tratam a fé como uma ferramenta de autopromoção e de conquistas materiais.
Essa espiritualidade narcisista é essencialmente contrária ao Evangelho do Senhor Jesus.
>> A síntese.
A oração modelo ensinada por Jesus no Sermão da Montanha revela o modo como nosso Pai Celestial espera que vivamos.
Já no início da oração chamada Pai Nosso, é possível compreender nossa postura ideal diante do mundo espiritual:
“Pai nosso que estais nos céus, Santificado seja o vosso nome, Venha a nós o vosso reino, Seja feita a vossa vontade, Assim na terra como nos céus…”
Nosso Pai Celestial espera que confiemos Nele e aceitemos seus propósitos para cada um de nós.
A confiança pode ser construída diariamente, e nossa fé, aumentada.
Um verdadeiro cristão não é dominado pelo ego, mas entende que está a serviço do Rei dos Reis e Senhor dos Senhores.
Pois sabe que um cidadão do Reino dos Céus deseja que os desígnios de seu Rei sejam realizados.
Seja fiel, seja humilde diante de Deus e saiba que, ao se submeter aos desígnios do Criador, você demonstra que O ama de fato.